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Como posicionar site e conteúdo em diferentes línguas e regiões - SEO Internacional

SEO internacional - como posicionar site e conteúdo em diferentes línguas e países

Recentemente fui consultado como um dos especialistas em SEO para debater quais as melhores práticas para tratar sites e conteúdos com foco no posicionamento orgânico para diferentes línguas, países e regiões nos resultados de pesquisas no Google, especialmente. Vários especialistas foram consultados. O artigo completo você confere lá no blog da SEM Rush acessando aqui.

A seguir, compartilho o meu ponto de vista abordado no artigo.

Qual o erro mais comum que as empresas fazem ao internacionalizar suas ações digitais?


Sem dúvidas, o maior erro é adotar tradução automática, devido a facilidades e agilidades de cadastros de conteúdos. O português do Brasil é diferente do português de Portugal, assim como o inglês norte-americano é diferente do britânico. Traduções mal sucedidas são catastróficas nas relações com os usuários do site, além de dificultar a vida do próprio Google na hora de compreender as segmentações de línguas. E também a própria abordagem e linguagem dos conteúdos. Um artigo escrito para o português do Brasil pode ter uma linguagem coloquial diferente para um chileno, com costumes diferentes. Uma dica importante para trabalhar SEO Internacional é ter atenção a tradução. Ela não precisa ser literal, mas adequada de acordo com regiões diferentes. Isso faz toda a diferença para quem busca melhores taxas de conversão.

Outro erro comum é adotar a entrega de conteúdo segmentado por linguagem pela identificação do IP do usuário. Já trabalhei com casos assim. O Googlebot só entendia conteúdo em inglês, isso porque geralmente o Google não consegue rastrear variações. A maioria dos rastreamentos do Google, mas não todos, é originária dos EUA, impossibilitando o rastreamento das páginas direcionadas a outras línguas e regiões.

Outro erro muito comum é não se atentar a materiais extras não traduzidos. Por exemplo, eu que gerencio a Agência K2, especializada no marketing imobiliário, já encontrei sites de construtoras com empreendimentos fora do país oferecendo documentos PDF sobre plantas e legalizações em português em páginas direcionadas para público argentino. Também centralizar telefones de contatos não segmentados, por exemplo, não ter um 0800 para línguas diferentes.

Quais são as melhores dicas para segmentar ou localizar conteúdos e sites internacionais?
Primeiramente, é preciso definir qual é a estruturação de URL a ser adotada. Eu particularmente prefiro a estruturação por subdiretórios e a alternativa a isso também seria por subdomínios. É muito importante que em todas as páginas do site tenha a opção fácil do usuário trocar a língua ou o país segmentado. O recurso mais utilizado e que também prefiro é disponibilizar no cabeçalho do site ícones de bandeiras que simbolizam regiões ou línguas.

Neste caso, o erro mais comum que encontro é, por exemplo, quando o usuário está numa postagem interna de um blog em português e o link que direciona para o inglês leva para a página inicial da outra língua. Errado. O correto para localizar, distribuir e segmentar conteúdos equivalentes na navegação é para endereço URL e conteúdo equivalente.

Como devo trabalhar com páginas duplicadas de sites multilíngue em diferentes países?


A maneira mais assertiva de corrigir isso é associar Hreflang até mesmo entre domínios diferentes. Vamos dar exemplo de um caso mais complexo.

Imagine o mesmo conteúdo traduzido para português do Brasil e português de Portugal. Os conteúdos serão muito semelhantes, só não serão iguais devido a algumas particularidades das regras gramaticais e costumes de escrita entre os dois países. Ao contrário que muitos webmasters pensam, o Hreflang pode e deve ser usado entre domínios diferentes, quando é o caso.

Na seção <head> da página simulada de Portugal “http://seusite.pt/conteudo.html” deverá conter: <link rel="alternate" hreflang="pt-br" href="http://seusite.com.br/conteudo.html" />

Isso irá apontar para o Google que outro conteúdo disponível no site brasileiro é equivalente e direcionado para tal país.

Já na seção <head> da página simulada do Brasil http://seusite.com.br/conteudo.html deverá conter: <link rel="alternate" hreflang="pt" href="http://seusite.pt/conteudo.html" />

Isso irá apontar para o Google que outro conteúdo disponível no site de Portugal é equivalente e direcionado para tal país. Tudo isso pode e deve ser acompanhado no Google Search Console, que apontará se as associações estão corretas.

Qual estrutura de URL recomendada pelo Google você prefere?


Particularmente, já trabalhei com dois modelos de estruturas de URL´s para sites multilingue. A divisão por diretório (por exemplo, www.seusite.com/en/conteudo) e a divisão por subdomínios (por exemplo, http://en.seusite.com/conteudo).

Curiosamente, adotando praticamente todas as metodologias avançadas de SEO em ambos os modelos de estrutura, com a divisão por diretório obtive resultados 30% maiores, tanto de posicionamento médio quanto de tráfego orgânico gerados.

Pelas minhas análises, mesmo levando em consideração que os dois casos eram de sites de segmentos diferentes, os backlinks gerados naturalmente e os incentivados pelo marketing para diversas línguas distribuíram a relevância de modo mais assertivo, enriquecendo o domínio como todo, e não enriquecendo pontualmente cada subdomínio. O domínio principal passa a oferecer mais conteúdos.

Mas notem que o tipo de domínio específico ao país (ccTLD) é universal, o ".com" e não ".com.br". Isso porque é mais difícil para o usuário norte-americano, por exemplo, observar eventual posicionamento no Google para um ".com.br/en/conteudo".

Hreflang ou Sitemaps? O que você recomenda? Por quê?


Recomendo os dois. Tudo o que for possível para ajudar o algoritmo dos buscadores a entender o direcionamento e organização dos conteúdos, é válido. Entre os dois, Hreflang é o mais recomendado. Levando em consideração o uso de URL`s diferentes para línguas diferentes, o próprio Google afirma categoricamente a atribuição de Hreflang para ajudar o mecanismo de busca "retornar resultados com a versão de uma página com o idioma correto".

Quando devo usar ccTLD or gTLD? 


Por critérios de adoção das metodologias de SEO, não recomendo dividir várias línguas com domínios específicos ao país, ccTLD. Imagine o site da sua empresa ter cinco regiões diferentes (e não estou nem falando de línguas ainda). Um site para Brasil (.com.br), Estados Unidos (.com), Reino Unido (.uk), Itália (.it), Alemanha (.de). Dará em confusão.

Praticamente é necessário construir autoridades e relevâncias do zero para cada site. É um recurso caro e de maior infraestrutura de servidor. Excluindo aspectos de SEO, mas branding e relacionamentos e percepções de marca para cada região, aí sim, se houver capacidade de investimentos, ccTDLs diferentes passa a ter suas vantagens.

Recomendo usar Subdomínios com gTLD (http://en.seusite.com.br) nos casos de um site brasileiro, sendo que ccTDL é ".com.br" , porque é de fácil configuração. Assim é possível segmentar geograficamente no Google Search Console e permite localizações de servidores diferentes e é de fácil separação de sites.

Mas a configuração que mais gosto e que gerou resultados melhores é Subdiretórios com gTLD (http://www.seusite.com/en/). O motivo é tudo aquilo que já abordamos, na oferta de mais conteúdos para o mesmo domínio raiz (sem distribuir para subdomínios), relevâncias são atribuídas para o mesmo domínio raiz. Mas novamente reparem que o mais adequado nesta configuração é que o domínio por país seja universal, como ".com". É de fácil configuração, pode usar segmentação geográfica no Google Search Console e tem pouca manutenção (o mesmo host). Mas tem suas desvantagens, como ter único local de servidor e maior dificuldade para separar sites, dependendo do servidor e sistema adotados. Mesmo assim, sendo mais trabalhoso e com essas desvantagens, adotando as técnicas corretas de SEO, os resultados podem ser mais surpreendentes.